2016 será lembrado como o ano que me desapaixonei.
E que descobri os prazeres e as dores da solidão.
Ao mesmo tempo foi o ano em que amei e que fui muito grata à vida.
Descobri e redescobri amigos.
Entendi o que é uma amizade de verdade.
Assisti os meus filhos a aprenderem coisas novas.
Tive que tomar decisões difíceis sozinha.
Vi minha mãe sendo minha companheira de jornada.
Eu e meus irmãos nos unimos para cuidarmos do meu pai.
Aprendi à nadar. E fiz yoga. E terapias. E cuidei um tiquinho de mim.
E lutei muito.
Comecei do zero todos os meses, as inúmeras contas à pagar.
2016 será lembrado como o ano que levei a Tocha Olímpica.
O ano que entrei com um processo para simplesmente poder conversar como meu ex-marido. Vejam vocês!
Com ajuda de muitas pessoas, atuamos em quase 1.000 jornadas. Vi mais de 2 mil sorrisos.
Fiz 15 Palestras: "O que eu Posso Fazer Por Você Agora?" Falei para quase 7 mil pessoas.
Realizei meu sonho de palestrar no TEDx São Paulo, na sala São Paulo, mesmo não tendo ninguém ao meu lado
pra compartilhar esse sonho, quando cheguei em casa.
É disso que sinto mais falta. De sonhos compartilhados. De uma cumplicidade na hora de escolhar qual fogão comprar, qual casa alugar, qual comida faremos para o jantar.
2016 foi o ano em que minha conta que só tinha R$ 141,00 foi bloqueada judicialmente.
Me descobri celíaca.
Pessoas desistiram de mim.
Aprendi a respirar. E a confiar.
2016 será lembrado como o ano em que aprendi que para sempre ouvirei a minha intuição sem pestanejar, porque na hora em que aquelas pessoas não foram honestas comigo e me fizeram tristes, a voz voltou ao meu ouvido, gritando:
- Você já sabia!! Não chore!!!
Processei um banco. Um banco me processou.
Mesmo quando todo mundo duvidou de mim, eu disse para eles e para mim: eu vou conseguir! eu vou dar certo!
Recebi ajuda de muitos amigos.
Desisti de alguns.
Visitei o João de Deus.
E nunca desisti de mim.
Continuarei sozinha.
Não, não virei e não me redescobri Gay.
Apenas desisti de me apaixonar. Não espero por ninguém.
Ando cansada de projetar e de projeções.
Mas amar... vou sempre amar.
Amo cada pessoa que faz ou fez parte da minha vida e de mim.
Em 2016 aprendi que o mundo nos trata como nós NOS tratamos. É um reflexo real.
Que 2017 seja leve, cheio de sonhos realizados e de muitos amores, de todas as formas de amar.
E que você nunca desista. De você. Mesmo que o mundo desista.